Quando me procurares, talvez já não me encontres. Não pedirei a ninguém, não por orgulho mas por ter que ser assim. Com as minhas próprias mãos abro o pipo da bóia de salvação que me segura a lado nenhum. Oiço o lento esvaziar demorado. Abandonam-me as falhas, escapam-se as faltas, larga-me o ar que um dia entrou e que nunca me pertenceu. Quando entrares e um sopro frio te beijar de raspão, não tenhas medo, sou eu que num último suspiro me despeço de ti.
Cru, Revista Rasca e Vadia
Há 13 anos
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