16 novembro, 2009

sobre a mesa-de-cabeceira: Caim - José Saramago

Narrativa perspicaz, irónica e com um bom travo de humor que culmina num final genial. Ou seja, com a aceitação da existência simultânea de Deus e do homem como resultado da evolução das espécies - como que a agradar gregos e troianos.
Por outro lado, poderá ser visto como uma sátira, onde o Deus grande e todo poderoso cujos desígnios são inescrutáveis aniquilou o homem, feito à sua imagem e semelhança, por ser uma má obra (é Deus também uma má obra?) tendo este que retomar ao mundo através dos animais.